É sempre a última Ceia

Colegas de trampo, Se ganhasse um pila a cada dessas que faço, estava rico.

Cemitérios da colonização do vale

Um catálogo de túmulos da região do Vale do SInos. Pra quem não sabe, sou um admirador de cemitérios, sua arquitetura do esquecimento e a atuação da mobilidade do descaso sobre os lotes, diante ao desgaste de algo que foi idealizado como monumento da eternidade. Aqui.

Furacão Sandy

Foto de agência sobre o furacão que atormentou Cuba. A foto chega a ser lúdica.

Estudio Pinel

Fragmento de uma parede num pedaço tombado de acontecimentos perdidos e fora de prumo,

rebocadas por fé e reguadas pelo pânico. Água e areia na betorneira dos olhos, argamassa e

reforma na ilusão da alma, cimento no nariz e tijolos em frente aos olhos. O primeiro

Estúdio Pinel tinha referências distintas em seu reboco, como Festival Coruja de Minerva,

da primeira galeria Adesivo, quadrinhos do Laerte, Maceduss e os Desajustados, Os Legais

e muito mais cheiro de papel e tinta

Dani el Macedusss e Gabriel Kilblister

Nostalgia é uma merda.

2005 Foi um ano criativo pra dupla Macedusss e Renner. Fomos pro exterior do Rio grande do Sul divulgar os planos de lançamento da revista Letal Mágico. A dobradinha de amigos se sufocou em túneis intermináveis de gás carbônico e urinou em pias públicas. Depois disso, a publicação se concretizou, com quadrinhos fantasiosos de Gabriel Renner e uma genial entrevista de Daniel com a banda OS LEGAIS, além do belo poema de Éverton Cidade.

Demo Sauro Júnior

Nem fungos e nem o tempo conseguem deteriorar todo o bom
estrago que gravar estas fitas causaram. Rolos de horas perdidos,
momentos lado B, decks empoeirados e pedacinhos de papelzinhos
enfiados nos buraquinhos de segurança. Cabeçotes sujos e várias
lembranças regravadas. A fita acaba, mas se vira em auto-reverse
e se mantém contínua a linha magnética enrolada.
http://www.youtube.com/watch?v=a6S69TF0-hQ

Fantasmas brancos de páginas amareladas

Então, achei uma TOP ROCK, da gloriosa Editora Escala, reduto heróico de
informação underground numa era não-internet. Na capa, uma afirmação
"1993, o ano do metal alternativo" seja lá o que seja isso...

Cães Leprosos

Saudosos anos 90. A banda que me encaminhou ao Roquenroll,
diretamente da Real Feitoria do Linho Cânhamo, a gloriosa
Cães Leprosos. Com Felipe Oliveira, Poeta Solar e Júnior Garcia Bleff,
na época, Mec, Cotô e Nelson, respectivamente. Na foto, shou
no não menos saudoso Vira Verão, nas quebradas de Esteio.

Rua 5 Feitoria Rock Fest

O bairro Feitoria é um lugar instigante, historicamente. Abriga o ponto
de partida da imigração alemã, a Casa do Imigrante, que havia sido um
depósito de Linho Cânhamo da coroa portuguesa. Num histórico mais
contemporâneo, nos anos 90, quando o bairro era novinho, com seu
loteamento de casas de fibrocimento da Madezatti e os novos apartamentos
da Cohab, houve toda uma geração de gurizada que se envolvia com a cultura
do entretenimento pra se unir. Isso criava algumas tribos. O pessoal do basquete,
com boné bordado de oito linhas, que se encontrava no Centro Social pra picar
uma bola, os skateboarders, o pessoal do metal de camisetinha da Megaforce
da rua 5 e a galera que ensaiava em cada esquina nas garagens dos pais. Acho
que a Madezatti foi construída sobre um cemitério de metaleiros, pq o bairro tem
uma identidade de rock muito única. Por maior que seja o desgaste social urbano
hoje de qualquer bairro, com o crack, a criminalidade e a internet prendendo as
pessoas em casa, ainda é visível essa referência, na gurizada mais jovem, que
mesmo oprimidos pelo funk, pela treta e pelo descaso, mantém essa identidade,
nas relações com o pessoal, na troca de idéias. Tudo isso ainda me faz respirar
um ar muito particular nesse lugar, e que nesse domingo, vai abrigar mais um
megaevento local, graças a garra desses que mantém a bandeira hasteada.
 

O Krusty do jornalismo gaúcho
Uma referência de vida, um exemplo de postura. Com 73 anos, Pablo
escreve, sacode, gesticula e joga fumaça na cara pessoas. Polêmico,
adorado e fanático, o cara tem a essência do comunicador de antigamente,
e de construção textual arrojada. Foi delegado de polícia e repórter. Poderia
se considerado o representante do Gonzo Journalism no Estado. Irreverente
e egocêntrico, adora uma treta, tanto quanto adora a si mesmo. E por isso
que seus textos são tão bons, por se envolver tanto. 

Califórnia, Uberaba....

Meu acionistas vão ter que me perdoar, mas estarei perdido hoje.

Freak Show e o rádio na vida da gente

Gravei numa fita k7 um especial do programa FREAK SHOW que passava na Rádio Unisinos, um marco na história da comunicação gaúcha, em São Leopoldo. Nacional, até, porque era completamente fora do padrão de qualquer programação de rádio. Isso no começo dos anos 2000. O Porsche, junto com o Zé Fernando, apresentaram-me material de imenso valor. Apresentavam bandas desconhecidas, e tocavam álbuns na íntegra, e faziam um debate sobre as faixas. Built to Spill Live foi uma das coisas mais preciosas que esses caras me apresentaram. Visualize um então mundo pré-youtube, onde baixar material nescessitava de um grande aparato tecnológioco e conhecimento nerd. Tu tenta imaginar o que isso representa. Dez anos depois de esticar a fita de tanto ouvir esse reduto sonoro, agora acho com tremenda facilidade no youtube. São essas coisas que nos sinalizam que estamos envelhecendo rapidamente, e ser um testemunho de episódios efêmeros me fazem sentir um grande dádivo dessa sincronia de eventos com o desenvolvimento da minha cabeça em uma sequência de eventos fantásticos que serão engolidos pela poeira do tempo.

18 anos sem o velho safado, neste dia 9/3/12

os melhores geralmente morrem por suas próprias mãos
apenas para escapar
e aqueles que ficam pra trás
nunca conseguem compreender
por que alguém
iria querer
escapar
deles

+ Poemas

Ouvindo agora

Luciana Pestano é uma cantora e compositora gaúcha, que no seu primeiro disco, de 97*, apresentou sua música intimista tocando um violão acústico negro com rouco timbre de voz incrível. Apetrechos folk como uma gaita presa no pescoço e botas cano alto tornaram a mistura ainda mais interessante. Estourou com a música Vá Embora, que canta a bipolaridade de uma gata daquelas que não se conquista o coração. Mas é nas músicas mais invernistas que tenho as melhores canções, como "Evitando a Confusão", "Cidade Molhada", "Cuide bem das Flores", "Alguém" e "Fim de Tarde". Com este trabalho, tocou para públicos lotados, em festivais, teatros e até pubs obscuros. A chuva que canta em "Cidade Molhada" compareceu no Sons de Verão, evento televisionado na praia de Imbé, e não foi suficiente para espantar o público. Em 98, teve o maior número de indicações no Prêmio Açorianos de Música. Sem dúvida, este disco está entre os meus top 5, além de ser um exemplar raro, é um grande registro de uma parte da nossa música que não perde validade nem qualidade, feita com amor que sai por aí tocando nos corações das pessoas.

* (da Polygram, que foi regravado da Antídoto)

Coluna Social Grito Rock, São Leopoldo

Com Wender e Júnior Garcia

Grito Rock em São Leopoldo! 3/3/2012

Desenho do cartaz por Gabriel Renner

Shows: Bleff + Pupilas Dilatadas + Flanders 72 + Medialunas + Siléste
Trabalhos de Biba Jacques e Marck Fraga
Discotecagem com Bia Jones
Intervenções de VJ com Cristiano Adeli
Banquinha com produtos independentes

LETAL MÁGICO é o canal virtual que saúda e extende a proposta da revista editada por mim, bem como um baú de memorabília ou um antro de baboseiras.